Moral, ética e família
A
palavra moral vem de latim moralis,
que se refere a costumes. Aqui claro que nos referimos aos bons costumes, a uma
moral do bem. Existe também a moral do dever, a que se referiu o filósofo
alemão Immanuel Kant, assim ao respeito à
lei. Existe ainda a moralidade pública como princípio, exigido dos funcionários
públicos e funções públicas, que se relaciona mais a ética. A ética é forma de
moral a nível social, mais prática e que pode chegar também a uma ética profissional,
chamada deontologia. Ademais, a ciência ou estudo da moral se chama axiologia.
A ética se refere a uma parte da filosofia que se dedica a reflexão dos
problemas da moral, de modo a se procurar regras válidas universalmente. Nesse
sentido, se procura uma vida justa e do que é dito de pessoa de bem. Ainda a
formação moral tem algo relacionado à família e a formação da personalidade.
Para o filósofo
Hegel, a moral se distingue da ética, por se tratar de vontade subjetiva, e já
a eticidade se referindo à realização do bem em instituições. Já em Platão a
ética é relacionada às virtudes, sendo as virtudes, funções da alma. Em
Aristóteles a ética caminha para a felicidade, mas a partir do racional. Em
Tomás de Aquino se diz, porém, que Deus é o último fim do homem. E voltando a
Hegel, leva ao objetivo do Estado. O Estado nos identifica também com a pátria,
e com o respeito que temos de ter com a mesma, seja para com a bandeira, para
com o hino nacional, seja para com aqueles que nos representam. Os positivistas,
cuja frase restou em nossa bela bandeira, diziam que a moral devia ser estudada
como qualquer outra ciência, como física experimental. Já o pensador Rosmini
relaciona a ética com o próprio Ser. Lembramos ainda que Agostinho de Hipona
falava que o mal era um não-ser. Desse modo, a moral e a ética caminham no
sentido do ser, de Deus, da família e da pátria. A família mostra pelo exemplo
a conduta moral, em especial na formação da criança, até seus sete anos de
idade. Focar na família e na escola revela um bom meio de se construir um
padrão moral condizente com o exigido socialmente, a fim de revelar um cidadão
justo e honesto. Também a religião se revela uma formadora de padrão ético e
moral, seja pelos mandamentos descritos em livros religiosos, seja pela ética
dos líderes religiosos, em modelo de conduta. Ademais, os vultos e heróis
nacionais também dão exemplo de ética e conduta, de modo a se ter um modelo,
como em esporte, inventores, mártires etc. A moral é mais pessoal, já a ética é
regra social. A moral passageira, a ética permanente. Ética é princípio, moral
é conduta. A ética vem do Sumo Bem, que é Deus.
Fato é que a
família é a base da sociedade e uma miniatura da pátria, de modo que é nela que
se forma a semente da ética e moral. Também a escola deve traçar uma construção
desse aspecto, além da cidadania, tão necessária a convivência em sociedade. Mais
do que mera utilidade na moral, como via David Hume, ou na mera busca de
prazer, como os utilitaristas, Bentham, a moral tem um aspecto do bom costume,
a fim de revelar a virtude e facilitar a convivência em sociedade. Para seu
fundamento se faz indispensável uma formação da pessoa no sentido de que tenha
a família, Deus e a pátria por rochas onde está construída.
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