terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Formas de moral entre os gregos


Formas de moral entre gregos



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                Entre os gregos a moral se relacionava ao bem e as virtudes, além de se ligar esse bem a beleza. Sócrates teria sido o fundador da moral, por se focar mais no ser humano do que na natureza, em comparação a pensadores anteriores, e de forma mais sistemática. Seu discípulo, Platão, também falou muito em moral, e a ligava também a razão e as virtudes. Já Aristóteles falava para a moral ser conforme a natureza de alguém e felicidade, mesmo preservando o tema das virtudes. Veremos esses e mais detalhes sobre a moral entre pensadores gregos.
 
 
 
 
 
 

         Dentre os três filósofos tratados, foi Aristóteles que pareceu mais prático e com obras específicas do tema, um tanto mais científico. Aristóteles tem o Ética a Nicômaco onde fala de diversos aspectos da ética e moral. Um ponto importante é se tratar da temperança, que é uma virtude que é meio termo entre os prazeres. Trata-se a ética de Aristóteles como um meio termo, uma mediania. A intemperança é falada por ele de modo a quem se comporta como animal. Apesar de que se fala do homem ser animal racional. Desse modo, a ação moral deveria ser aquela que é racional. Também não apenas racional, mas também sentimental, e o que culmina na felicidade. Para ele o mais feliz seria o filósofo. Mas em nossa sociedade podemos projetar essa complexidade filosófica numa moral que procure o bem e a justiça. O máximo dessa virtude parece ser a justiça, que é um meio termo. Parece que nenhum extremo é bom, e que o ser humano deve temperar os seus desejos. Platão fala de quatro virtudes naturais, que são a sabedoria, a temperança, a fortaleza e a justiça. De temperança e justiça já tratamos. A sabedoria parece ser um modo especial de viver e de resolver os problemas da vida. Sabedoria é ter resposta existencial para tudo. Muito se liga essa sabedoria à prudência, e parece ter alguma situação próxima. Já a fortaleza talvez seja uma força moral, uma imperturbabilidade frente a estímulos, no caso os que desviem do justo e legal, ou que faça alguém exceder em suas paixões. Para Platão interessava se cuidar da alma, e ficar em segundo lugar o corpo. O mundo das ideias, perfeito, seria um contraponto de nosso mundo material, imperfeito. Logo a ética e a moral devem nos proteger a alma, de modo que busquemos a justiça e sejamos pessoas boas. Depois os socráticos foram praticar isso tudo, apesar de também entrarem em algo que podia contrastar com a sociedade. Fato é que devemos respeitar a sociedade e a pátria, buscando respeitar a lei e ansiando pela justiça. Para Sócrates cada pessoa ia chegar a uma verdade, mas isso não estava pronto, e exigia um questionamento maior, uma ironia, e mesmo um processo de pensamento.
 
 
 
 
 

         Fato é que a moral entre os gregos era muito forte, e que se eles não estavam ainda iluminados pelo espírito do Cristo, mesmo assim buscavam o justo e bom. Na forma política que isso mais se destacou, com um modelo de instituições que até hoje percebemos nos influenciar, em especial com o que na prática se projetou em direito romano e na ética medieval, de Tomás de Aquino e Agostinho, dentre outros, na sociedade moderna. Nossa sociedade deve muito aos gregos, e ao pensamento teórico deles, que com o tempo foi praticado, nos levando até a liberdade e a democracia.

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