sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Família, pátria e religião


Família, pátria e religião
 
 
 
 
 

                Família
 
 
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                A família é o primeiro grupo natural do ser humano. O filósofo Aristóteles lembrava que a família é uma forma de comunidade, de justiça e de amizade. Na Constituição Federal se diz em artigo 226 que a família é base da sociedade, tem especial proteção do Estado. Tanto que garante ainda o efeito civil a casamento religioso. Reconhece ainda a união estável como entidade familiar, entre homem e mulher.  Mesmo em união estável, se é facilitada a conversão em casamento. Também é dever da família e do Estado garantir as crianças o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à profissionalização, à cultura entre outros bens. Por outro lado, se observava nos anos anteriores uma influência sutil de certo comunismo, tendência marxista em escolas e mesmo nas universidades federais, estas tomadas por ideologias, de modo a se desvalorizar e relativizar a família. Tanto que existe um livro de Engels, chamado “A origem da família, propriedade privada e do Estado”, defendendo a relatividade da família. Não devemos involuir para o tribal, mas sempre evoluir para uma família mais equilibrada e justa, harmoniosa. Parece que muito do exemplo de caráter vem da família, e o modelo moral é nela semeado. Para a mudança, esta se torna importante, em especial para a formação psíquica da criança, em sete primeiros anos de vida, e nisso os pais têm papel fundamental. Os idosos também merecem atenção dentro das famílias, e a falta de formação moral tem levado cada vez mais o abandono e desrespeito.
 
 
 

Pátria
 
 
 
 
 

                A palavra pátria vem de terra patrum, terra dos pais. Um conceito sentimental e geográfico. Assim a relação tem a ver com a tradição e com os pais, avós e antepassados, de modo a ter gratidão para com suas obras e conquistas. O trabalho dos antigos que nos reservou o conforto presente, seja em nossa casa, seja em nossa terra. Já o patriotismo é a virtude cívica, que nos liga a nosso povo e a nossa terra. Assim, as virtudes revelam o melhor de nosso caráter, pois a palavra virtude vem de virtu, uma força de vontade, um aspecto viril de caráter. Pensadores como Platão e Aristóteles reservam em seus escritos muito de elogio para com as virtudes. Para tanto, se valorizar a terra e a pátria contra influências de fora, ainda mais contra aspectos que levem a perigo a família, a propriedade e mesmo a humanidade. O país merece atenção para si mesmo, e não para com outros países por alinhamento de ideologia. Já o civismo vem da palavra latina civis, cidadão, sendo a devoção ao interesse público. Civismo é um patriotismo na prática. Cidadania se relaciona também a cidade. A obra de filósofo Agostinho de Hipona se intitula Cidade de Deus, mostrando o aspecto também espiritual dessa unidade. Apesar da limitação a ser cidadão na Grécia dos pensadores, agora temos um acesso amplo a se ser cidadão em nosso país. Cidadania também é conhecer nossos direitos e deveres, ainda tendo aqui uma república, onde o poder emana do povo. Conhecer os direitos é necessário desde cedo, por isso da necessidade da Educação Moral e Cívica nas escolas.

 
 
Religião
 
 

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                A Constituição Federal garante a liberdade de culto religioso, de crença e consciência. Observamos um desrespeito para com a religião, inclusive querendo se proibir via justiça a escola confessional, religiosa, mas que por fim em Tribunal Superior se garantiu a possibilidade. Também movimentos fazem manifestações a se desrespeitar as religiões, de modo público, fatos que podem trazer desarmonia social e destruição de valores morais e mesmo da família. A religião tem um papel importante na harmonia social, na construção de valores e mesmo no desenvolvimento de uma nação. Mantendo uma tradição e se fundando em código moral, não se torna negativa a sua influência. A ética é um grande legado deixado por religiosos, e Deus se torna central na vida humana, mostrando o respeito para com o próximo como necessário. A filosofia da Idade Média buscou focar na prova da existência de Deus, então o fundamento é forte em nível intelectual a se mantê-la relevante.
 
 
 

sábado, 20 de outubro de 2018

O retorno da Educação Moral e Cívica nas escolas


        






 
 
 
        Sempre fui fascinado com o tema da moral, desde minha leituras de filósofo alemão Immanuel Kant, até uma série de meditações sobre o tema, quando no curso de Direito alguns professores tratavam da diferença entre ética e moral, e da importância dessa dimensão nas relações humanas. Vemos nas escolas um grande caos, em desrespeito a professores e mesmo violência contra os mesmos, e até recorde de afastamento de profissionais da educação por problemas psicológicos, haja vista a tensão em escolas. Mas recentemente surge uma luz, de modo que em escolas vem voltando a matéria Educação Moral e Cívica, como no Distrito Federal, onde em 2019 haverá a volta desta.  Tratada com certo preconceito por ser ligada a regime militar, a disciplina se mostra essencial para botar ordem em atuais escolas, que de longe vem perdendo a regra e a disciplina, muito além de se andar em fila ou recitar o hino nacional, como muitos vêem o efeito dessa matéria em escolas.
 
 

         Apesar da disciplina EMC ter sido tirada da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), desde 1993, por presidente Itamar Franco, fato é que de algum tempo que a matéria vem sendo restaurada em escolas municipais do país, não sem motivo, tendo algum resultado. Para apenas citar algumas cidades, pode lembrar-se de Ribeirão Preto/SP, de Mogi das Cruzes/SP, de Brusque e Tubarão, em Santa Catarina e de Guarapari, no Espírito Santo. Fato é que as crianças precisam de uma formação sobre a Pátria, sobre os valores da família e sobre a cidadania. A matéria é chamada inclusive mais atualmente de Cidadania Moral e Cívica. Conhecer os direitos é essencial a todo o cidadão, e ter o respeito pela família e pelo país é também essencial, isso sem falar na formação de caráter e conhecimento de virtudes, as quais se podem usar para uma convivência humana mais satisfatória e equilibrada. Existe um projeto de lei de Cabo Daciolo para o retorno da disciplina, bem como próximo governo apontar para essa dimensão, sendo a recente reforma da LDB e o Novo Ensino Médio já apontar para tal busca, uma vez o governo ter por frase de propaganda a frase “Ordem e Progresso”, frase para quem não sabe, além de presente em nossa bela bandeira, também vindo da filosofia positivista de Augusto Comte.
 
 

         Após tantos desmandos e confusão nas instituições de ensino básico, certo é que além de governo federal, as câmaras municipais e bons vereadores podem tomar a iniciativa de buscar essa inclusão em escolas, de modo a disciplinar alunos e oferecer um mundo mais seguro a professores, profissão das mais nobres. Muitos se afastaram da educação, procurando fazer outras coisas, haja vista problemas na área da educação. Isso pode mudar aos poucos, e se deve evitar rigorismo excessivo. Fato é que a disciplina militar e religiosa evita descontrole e gera uma educação respeitável. Também tribunal superior teria decidido esses tempos sobre a escola religiosa e sua possibilidade. O retorno da Educação Moral e Cívica apenas tem de ter uma cara mais de acordo com nosso tempo. Mas de nenhum modo é marca de ditadura ou aliena pessoas, mas as torna sim melhores cidadãos e pessoas.